Publicado por: Lilian Simoes | 01/09/2010

alguns e-mails podem melhorar seu dia…

Pois é, sumida é pouco

mas aconteceu uma coisa hoje tão gostosa, que acabei lembrando do meu cantinho e escrever sobre isso.

Um alguém que converso la do outro lado do Atlântico me mandou um e-mail com uma lenda urbana, acabei repassando e me disseram ser lenda urbana (sempre o @roneyb me salva dessas) e repassei a ele.

sem esperar mais, ele me envia a seguinte resposta:

” hooo amiga !…..

acredita, eu estava mal humorado, pelo um acontecimento que acabou de se passar aqui e resolvi vir pra net , e vejo o teu e-mail, abri e fiquei tão feliz que nem imaginas

fiquei tão contente por saber que estiveste num povoamento que não me lembro o nome , sei que é no perú e vi uma reportagem a bem pouco tempo sobre os aldeãs e suas construções, e fiquei fascinado.

A foto em que estás lá cima do monte de braços abertos deu-te uma liberdade, é como conseguir o máximo, e senti o mesmo em mim como se lá estivesse estado. Obrigado.

Acontecem-nos coisas que por vezes nem sabemos como agradecer e esta foi uma delas .
De onde vives, quanto tempo demoraram a lá chegar? Foi muito despendi ouso? Desculpa fazer estas perguntas, não sei quando mas adorava lá ir e ter bases de conhecimento como lá chegar. Gostei também de ver teus trabalhos expostos na cama.
Quanto ao restante da perguntinha  de politica Lilian! Depois deste belo momento,  pensa que vou estragar  o meu bom humor (…) naaaaaõooo
quando tiver tempo vou ver o site beijinhos e boa semana.
Me fez suber bem saber que uma simples foto em Pisac fez tão bem a alguém que nao converso há algum tempo e que mora la do outro lado do Atlântico.
Pedi permissão a ele para postar o e-mail e o coloquei na integra, do jeitinho que ele me mandou.
a foto?  A foto em questão é esta:
Essa história toda me deixou super feliz.
Ainda mais porque a foto em questão foi tirada em um lugar mágico, em um dia maravilhoso.
Pisac, Peru. Outubro de 2009 onde espero voltar novamente!!!
Ganhei o meu dia!!!!!!!
Publicado por: Lilian Simoes | 26/03/2010

Renato Russo 50 anos

Certas pessoas fazem parte de nosso vida sem nem saberes disso. Mas no caso do Renato Russo, ele sabia sim o quanto ele era querido e o quanto ele, suas letras e musicas.

Lembro do inicio da Legiao Urbana. Quando o Renato ainda tocava no Aborto Eletrico junto com outros musicos e que depois do Aborto se tornaram a Capital Inicial, Plebe Rude e uma nao conhecida do publico fora de Brasilia, Escola de Escandalo.

Na epoca do Aborto Eletrico eu nao podia participar dos shows ate porque eram shows relampagos. Naquele tempo a repressao imperava e shows ao ar livre proibidos, ainda mais que, nao eh mesmo? Mas lembro do primeiro show que fui da Legiao Urbana, um sabado qualquer do ano de 1985, no Minas Tenis Clube, setor de Clubes Norte.

Sai com a turma nun sabado para assistir a um show de uma banda nova, alias, duas bandas. Finis Africae e Legiao Urbana. Aquele sabado mudou para sempre minha vida. Aquele foi o primeiro de uma serie de shows, tanto da Legiao Urbana quanto Capital Inicial e outras bandas que pipocavam nos anos 80. Virei rato de show como falavamos na epoca.

No fatidico show de Brasilia que houve aquele incidente terrivel com policia e briga no palco eu estava la. Nao vou aqui comentar quem errou ou quem acertou, mas so comentar que pela primeira vez a maravilhosa musica Por enquanto foi tocada em um palco. Show que arrependo de ter ido? o que aconteceu no Teatro Nacional de Brasilia. Ai que vontade de voltar no tempo! Foi um dos maiores e melhores shows que eles ja fizeram aqui.

Anos de convivencia nao direta, mas de perto. Musicas e letras fizeram parte da minha vida. Minha e de tantas outras pessoas.

O dia que o Renato morreu eu trabalheo o dia todinho e de la fui para a faculdade, alheia a tudo. Estava sentada em sala e uma guria que fazia a materia comigo chegou perto de mim de mansinho, me olhou e disse…

nos nunca conversamos e nao sei se voce assistiu ao jornal de hoje e nao sei porque estou fazendo isso, mas alguma coisa me pediu para te falar que o Renato Russo morreu hoje. Voce tem cara de quem curtia muito ele e as musicas dele, e saiu de perto. Morri de surto e tristeza. Assisti as 2 aulas, ou melhor dizendo, estava presente nas 2 aulas, mas nao consegui prestar atencao, ate chegar em casa e ver que era verdade, que ele realmente havia morrido.

Morreu o Renato, a Legiao e suas letras que viriam.

Um idolo que ja avia nascido se consagra eternamente na vida dos que viveram com ele a geracao coca-cola e as que vieram depois.

Feliz Aniversario Renato.

Publicado por: Lilian Simoes | 11/02/2010

Vento no Litoral

Longe de casa, ha quase uma semana…

Pois eh, estava eu aqui sentadinha, tentando organizar minhas pastas de revistas e moldes de patchwork e olhei para o iconezinho do wordpress e pensei em colocar umas fotos da exposicao de veleiros.

primeira coisa que me veio a cabeca: a musica Vento no Litoral, logico…

tudo bem que no momento o vento que chega esta bem quente, mas a musica vale tudo e os veleiros tb.

entao segue o video a musica e as fotos da exposicao Grandes Veleiros (http://www.grandesveleiros.com.br/).



Publicado por: Lilian Simoes | 01/02/2010

Machu Picchu

Coisa complicada falar desse lugar sem sentimentos fortes invadindo.

Ano passado eu estava planejando uma viagem ao exterior para o meu aniversario, e pensando seriamente em ir para Veneza, um lugar onde sempre a minha alma sonhou em estar, mas ai meu primo me disse que uma turma de professores e alunos estavam se reuniando para ir para Machu Picchu… Veneza? afundo de vez. Nem pisquei e disse a ele que eu estava dentro dessa viagem.

A noite em Cuzco eh magia pura. Sua iluminacao amarela, da um tom de magia, de misterio, como se pudessemos sentir tocar o ar, a magia, o misterio. chegar na praca foi de tirar o folego de todos. nao deu para segurar nao, os zoinhos encheram de agua… os meus e te todos ali. Aquele lugar eh simplesmente divino. Uma sensacao de paz, aconchego, de estar em casa, mesmo ha quilometros de casa, de se sentir parte daquilo.

Depois disso fomos as ruinas perto de Cuzco, que sao igualmente maravilhosas e de tirar o folego de qualquer pessoa.

Rumoamos em direcao a Pizac. As ruinas sao lindas, o visual de tirar o folego e a altura e os sobe e desce pedras e escadas tb sao de tirar o folego, mas tudo isso ficava pouco com a expectativa e o quero mais.

Hora do almoco. A van parou nas costas de um restaurante, descemos as escadas… (deviam ter avisado que escada eh o que ha por aquelas bandas, alias, eh so o que ha) e entramos no restaurante de tirar o folego de novo. Imenso, em forma de U e acho que todo em vidro, onde de onde vc estivesse poderia ver o rio Urubamba. Ver o Urubamba? sentir o Urubamba. usufruir o urubamba.

um lugar de perder a voz, o apetite, embora um local absolutamente impar. Os pretos em ceramica pintados a mao e cada um um desenho diferente do outro, nao sei quantos buffes, um de carnes vermelhas, um de peixes, um de saladas outro para doces e me perdi entre e no meio deles… nao sabia mais para onde ir e o que comer. Sei que a tentacao de pular o almoco e ir para as sobremesas foi grande…  ate me deparar com o rio… comer ficou em segundo plano

almocei energia, de sobremesa, choro, emocao que nao tem como explicar na beira do rio. Bem, comi sim e a comida era maravilhosa. Ainda tenho o gostinho de uma polenta com damascos e o gosto da torta de chocolate super amargo e da mousse de piña colada.

comi sentindo uma coisa boa, uma paz que jamais senti antes, uma sensacao de fazer parte de um todo. Senti como fazendo parte de algo maior, mais sublime, senti como se eu fizesse parte de uma energia muito maior que tudo o que ja havia sentido antes. Una com a natureza, com o cosmo. com o olho banhado, falei com a Ju que estava sentada na minha frente, se eu to assim aqui, imagina la em Machu Picchu…  vou desidratar… e rimos, pq todos nos estavamos desse jeito. Tomados por essa emocao e com os olhos cheios de agua e a emocao transbordando por todos os poros e de fundo musical, flauta de pan… el condor passa… passa, mas nao nos deixa.

fim da festa, de volta aa van para nos levar ao trem rumo a Aguas Calientes. Se eu amei o rio? nem gosto de agua e para a minha surpreza, os trilhos do trem seguem o rio e eu o segui, quase nao piscando para nao perder nem um poquinho de sua magnitude. Chateada por nao poder tirar nenhuma foto, acabou a memoria da maquina bem quando saimos do restaurante… mas as imagens daquele rio, estao dentro de mim, para sempre.

Chegada em Aguas Calientes foi uma coisa que nao tem como explicar. Senti uma escuridao incrivel. uma sensacao de sujo. Uma sensacao que depois, descobri nao ser so minha.

Mas aproveitei um banho em suas aguas termais.

4 da manha o Glaucuis, nosso guia nos acordou feliz da vida e eu mais ainda. Machu Picchu aqui vou eu… alias, vamos nos, em nossa grande e imensa euforia, coracoes palpitantes e expectativa…

chegamos la em cima ainda sem sol. nuvens encobriam a cidade sagrada como um manto protetor. Aos poucos abria em um lugar, sumia, abria em outro, fechava, num bale descortinador, mas sem se mostrar por inteiro. Este ballet de nuvens durou ate que o grande deus Sol apacerecesse para poder banhar de luz dourada aquela cidade.

A sensacao que senti nao da para falar, ate hoje eu tento, mas nao consigo.

algumas palavras me vem a cabeca como magnitude, completude, unicidade, tudo muito muito, muito intenso, muito forte, muito muito.

Paz, muita paz. Uma sensacao de nao estar sozinha. De fazer parte de algo maior.

Pena nao poder ver o por de sol de la.

Pisar no pacifico. voltar para casa. Voltar diferente do que fui.

Ter estado la eh uma coisa que ate hoje nao saiu de dentro de mim. Ainda, as vezes me sinto la. E foi o que aconteceu na semana de 12 de janeiro. Me senti la novamente, nas ruinas, nos templos, nas noites magicas de Cuzco.

dia 21, meu primo Marcio vai para BH para a formatura de um primo nosso e na casa onde ele ficou, um livro chamou sua atencao: Machu Picchu. e de la mesmo, colocou um pedaco dele no nosso grupo.

“Foi dali que vi Machu Picchu pela primeira vez. Aos poucos, foram surgindo os demais integrantes do grupo. O silêncio respeitoso de antes permanecia. Todos se acomodavam. O olhar da maioria variava entre espantado e emocionado. Não sei ao certo o que os outros experimentavam naquele momento, mas o que senti foi uma coisa única. Meu corpo parecia não ter massa física, como se estivesse flutuando, levitando. Percebia claramente a minha aura e conseguia mesmo ver a energia que emanava das outras pessoas, como uma espécie de luminosidade envolvendo-as por inteiro. Nunca vivera algo semelhante. Estranhamente, tinha a nítida impressão de estar vendo seres como anjos ao meu redor. Era incrível e fascinante. Uma paz imensa tomou conta de mim e descobri o significado de energia em estado puro: Machu Picchu. Uma sombra razoavelmente escura cobria a cidade sagrada. Enquanto o dia clareava imponente, comecei a sentir minha ansiedade crescer. Era como se estivéssemos em uma contagem regressiva, sabia-se-lá para quê. ”

“Até que o sol atingiu uma posição determinada. O que se viu então ficou catalogado como um dos momentos mais emocionantes da minha vida. Os raios de sol iluminaram Machu Picchu inteira. Era como se os deuses incas estivessem esperando a platéia reunir-se para ligar os refletores do espetáculo. A cidade brilhou majestosa, no alto da montanha. As pedras que pareciam apagadas, escuras, encheram-se de luz. A impressão de que dali a pouco seria possível presenciar o movimento normal da cidade despertando era nítida, quase real. A claridade era tanta que Machu Picchu transformou-se num espelho de energia, jogando sobre nós reflexos de uma luminosidade mágica. Isso aconteceu de uma maneira tão rápida e inesperada, que não conseguíamos conter o deslumbramento, entre atônitos e maravilhados.”

O Sergio Porto conseguiu exprimir o que eu nao tinha conseguido ainda. Li sentindo tudo novamente. A emocao de estar la de novo e a certeza de que vou voltar.

Logo depois veio a triste e devastadora noticia das chuvas em Cuzco, no Urubamba e nas ruinas que passei.

A natureza as vezes faz coisas que nao entendemos, mas uma coisa eh certa. os deuses cuidam e sempre cuidarao daquele lugar sempre e para sempre sagrado.

Publicado por: Lilian Simoes | 21/01/2010

Deveríamos pensar nas suas palavras como se fossem sementes.

O titulo original do e-mail em que recebi este maravilhoso texto eh conhecendo o silencio
mas aqui no blog resolvi trocar o titulo mas explicando aqui o original…

Nós os índios, conhecemos o silêncio.
Não temos medo dele.
Na verdade, para nós ele é mais poderoso do que as palavras.
Nossos ancestrais foram educados nas maneiras do silêncio e eles
nos transmitiram esse conhecimento.
“Observa, escuta, e logo atua”, nos diziam.
Esta é a maneira correta de viver.

Observa os animais para ver como cuidam de seus filhotes.

Observa os anciões para ver como se comportam.
Observa o homem branco para ver o que querem.
Sempre observa primeiro, com o coração e a mente quietos, e então aprenderás.
Quanto tiveres observado o suficiente, então poderás atuar.

Com vocês, brancos, é o contrário.

Vocês aprendem falando.
Dão prêmios às crianças que falam mais na escola.
Em suas festas, todos tratam de falar.
No trabalho estão sempre tendo reuniões nas quais todos interrompem a todos, e todos falam cinco, dez, cem vezes.
E chamam isso de “resolver um problema”.
Quando estão numa habitação e há silêncio, ficam nervosos.
Precisam  preencher o espaço com sons.
Então, falam compulsivamente, mesmo antes de saber o que vão dizer.

Vocês gostam de discutir.

Nem sequer permitem que o outro termine uma frase.
Sempre interrompem.
Para nós isso é muito desrespeitoso e muito estúpido, inclusive.
Se começas a falar, eu não vou te interromper.
Te escutarei.
Talvez deixe de escutá-lo se não gostar do que estás dizendo.
Mas não vou interromper-te.
Quando terminares, tomarei minha decisão sobre o que disseste,
mas não te direi se não estou de acordo, a menos que seja importante.
Do contrário, simplesmente ficarei calado e me afastarei.
Terás dito o que preciso saber.
Não há mais nada a dizer.
Mas isso não é suficiente para a maioria de vocês.

Deveríamos pensar nas suas palavras como se fossem sementes.

Deveriam plantá-las, e permiti-las crescer em silêncio.
Nossos ancestrais nos ensinaram que a terra está sempre nos falando,e que devemos ficar em silêncio para escutá-la.
Existem muitas vozes além das nossas.
Muitas vozes.
Só vamos escutá-las em silêncio.
Texto traduzido por Leela, Porto Alegre:
“Neither Wolf nor Dog. On Forgotten Roads with an Indian Elder” – Kent Nerburn

“Não sofremos de falta de comunicação, mas ao contrário,

sofremos com todas as forças que nos obrigam a nos exprimir

quando não temos grande coisa a dizer”.

Publicado por: Lilian Simoes | 13/01/2010

Cupcakes

Cupcakes Variados

Oi oi

eu sismei de fazer cupcakes.

Entrei na net e encontrei um site que gostei da receita e resolvi tentar.

os cupcakes ficaram super fofos e delicados.

Amei!!!!!!!!!!!!

o site eh esse: http://www.muitogostoso.com.br/informacao/view/Lanches/Cupcakes/Cupcakes-Variados/

so nao coloco as fotos do meu pq eu tentei testar fazer sem a forma de cupcake e eles ficaram nada estéticos, mas assim que eu fizer na forma propria, eu coloco as fotos aqui… e pq eu nao sei enfeitar com pasta americana tb. Mas vou aprender… 🙂  me aguardem!!!!!!!!!!!!

Publicado por: Lilian Simoes | 11/01/2010

restauracoes…

sabe aqueles dias em que vc olha para uma determinada coisa e pensa alto… “nossa, essa santa esta tao feia” (ela estava com trocentas camadas de tinta e muito escura)

ai alguem vai la, pega a santa, coloca na sua mao e diz: entao, pinta!!!!!!!!!!!

so que ao inves de pintar inventei de experimentar o pintof para tirar as camadas de tinta antes de passar mais uma mao de tinta e mais betume… resultado????????

passei uma noite divertidissima redescobrindo entrancias e reentrancias da santa em gesso da minha avo…

descobri que a coroa era toda trabalhada e que com as tintas estava pra la de sem graca… que os olhos dela e do Menino Jesus eram azuis, na primeira pintura. Que ela estava descalca e com os dedinhos aparecendo…

amei usar o pintof na peca e a descobrir como ela era, na minha infancia. Ficou tao legal que nem de branco pintei, a peca esta do jeito que ficou, o gesso na cor de asa de barata e com um poquinho de cor de tinta aqui e ali…

coloco a foto dela pra vcs verem como ficou… so nao assustem pq ela nao tem uma das maos mesmo. Eh uma Nossa Senhora da Cabeca. Mas a cabeca se perdeu ha anos. Nao a conheco desde que me entendo por gente…

hoje a noite “pego” o apostolo Daniel que eh em gesso tb, que no inicio dele era imitacao de pedra sabao mas que esta com trocentas camadas de tinta tb…  🙂

quem sabe nao me descubro restauradora… amei descobrir as tintas debaixo das tintas, o natural debaixo de tanto nao natural mais.

🙂

Publicado por: Lilian Simoes | 05/01/2010

a tecnologia do Abraço – original

Oi gente,

Ha um tempo atras eu coloquei um texto que recebi por e-mail, “A tecnologia do abraço” e antes das festas de fim de ano eu recebi um e-mail do autor do texto, que no e-mail recebi como autor desconhecido.

Ele me deixou um recado aqui mesmo no wordpress comentando que o texto em questao era dele e que ele havia sido alterado.

em conversas apos esse contato, ele me mandou o e-mail que sera postado abaixo e na integra, com a devida autorizacao dele, e com o texto na integra, com a historia de como o texto surgiu e escrito no mais doce jeitinho mineiro de falar.

Obrigada Luiz pelo texto na integra e por permitir que eu coloque o texto original e o e-mail que vc me mandou com a historia do texto.

Oi, Lilian Não quero que você o retire do seu blog. Acontece que alguém o manipulou, na desculpa de “melhorá-lo” e desvirtuou quase que totalmente o sentido que eu tentei colocar nele. Existe um velho aqui perto de Patos de Minas, que sempre morou na fazenda e que é prolixo no seu jeito de falar, sempre colocando detalhes desnecessários nas suas falas. Ele é meio filósofo e, ao escrever o texto, tentei retratá-lo com a maior fidelidade possível. Quando vi o meu texto alterado me senti desrespeitado e que o texto fora agredido no seu âmago. Fui eu mesmo que coloquei o texto na internet, enviando pra um grupo de amigos. O ato de colocá-lo na internet faculta a quem quiser usá-lo como bem entender, mas sem modificá-lo. Quando alguém escreve algo, tem em mente uma divulgação de idéias ou até mesmo uma homenagem a alguém (como foi o meu caso). A modificação havida trouxe um sentido de sabedoria erudita que não condiz com a originalidade do texto. E quem escreve o faz com o coração e a alma e não carrega nenhum compromisso com beleza editorial ou erudição moderna. Lamento que o nosso contato tenha sido feito dessa maneira que a levou a imaginar-me rabugento. Peço desculpas por isso. Mas não pense assim. Sei que você já recebeu o texto alterado e foi fiel ao que teve conhecimento. Abaixo lhe envio o texto original, como foi escrito em 01/02/2007. Grande abraço. Que seu Natal seja maravilhoso juntamente com todos que a emocionam.   Luiz Madureira   ———————–

A Tecnologia do abraço

O matuto falava tão calmamente, que parecia medir, analisar e meditar sobre cada palavra que dizia…

– É… das invenção dos hómi, a que mais tem sintido é o abraço.

O abraço num tem jeito dumapruveitá! Tudo quanto é gente, no abraço, participa duma beradinha

O abraço é mió qui quarquer raiz ou ramo qui o Raizêro possa cunhecê

– Condi ocê ta danado de sordade, o abraço de arguém ti alivia…

– Condi ocê ta danado de rarva, vem um, te abraça e ocê fica até sem graça de continuá cum rarva

– Si ocê ta filiz e abraça arguém, esse arguém pega um poquim de sua alegria…

– Si arguém ta duenti, condi ocê abraça ele, ele começa a mioráI ocê miora junto tomém

Muita gente importante e letradotentô dá um jeito de sabê pruquê quié qui o abraço tem tanta tequolonogia… Mas ninguém inda discubriu… Mas iêu sei… Foi um isprito bão de Deus qui mi contô

Iêu vinha andano… pensano na vida, condirrepênti vi um tatuzim pertim do mato… Vi ele cum esses mermo zói qui a terra um dia há de cumêI ele falô cumigoFalô com a fala quié a merma fala qui ocês cunhece iquiêu tô falano pruceis agora.

Iêu vô contá pruceis  uqui foi qui ele mi falô:

O abraço é bão prucausa do Coração…

Condi ocê abraça arguém, fais massage no coração!…

I o coração do ôtro é massagiado tomém! Mas num é só isso, não…

Aqui ta a chave do maior segredo de tudo:

É qui, condi abraçamo arguém, nóis fiquemo tudo

é com dois coração no peito!…

Publicado por: Lilian Simoes | 28/10/2009

Fernando Pessoa e Florbela Espanca

Florbela Espanca

Amar!

Eu quero amar, amar perdidamente!
Amar só por amar: Aqui…além…
Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente
Amar!Amar!E não amar ninguém!

Recordar?Esquecer?Indiferente!…
Prender ou desprender?É mal?É bem?
Quem disser que se pode amar alguém
Durante a vida inteira é porque mente!

Há uma Primavera em cada vida:
É preciso cantá-la assim florida,
Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar!

E se um dia hei-de ser pó,cinza e nada
Que seja a minha noite uma alvorada,
Que me saiba perder… pra me encontrar…

________

Fernando Pessoa

Tão abstrata é a idéia do teu ser
Que me vem de te olhar, que, ao entreter
Os meus olhos nos teus, perco-os de vista,
E nada fica em meu olhar, e dista
Teu corpo do meu ver tão longemente,
E a idéia do teu ser fica tão rente
Ao meu pensar olhar-te, e ao saber-me
Sabendo que tu és, que, só por ter-me
Consciente de ti, nem a mim sinto.
E assim, neste ignorar-me a ver-te, minto
A ilusão da sensação, e sonho,
Não te vendo, nem vendo, nem sabendo
Que te vejo, ou sequer que sou, risonho
Do interior crepúsculo tristonho
Em que sinto que sonho o que me sinto sendo.

Cancioneiro, 12-1911

Publicado por: Lilian Simoes | 28/10/2009

saudade do meu blog… :D

hoje bateu saudade de aparecer por aqui…

andei sumida mas sempre volto e apareco para dar noticias… assim, continuarei a brincadeira de colocar poesias so nao sei se continuarei usando a ordem alfabetica para os nomes dos poetas e poetisas…  vou deixar o acaso me levar…

:*

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